Banrisulenses avançam nas pautas de segurança

A mesa virtual entre o Comando Nacional dos Banrisulenses e o Banrisul desta terça-feira, 16, teve como tema a segurança bancária, que abrange as cláusulas 27 a 31 da Minuta de Reivindicações específica. Contudo, a discussão extrapolou a pauta e abrangeu outros assuntos tratados nas mesas anteriores, além do Plano de Desligamento Voluntário (PDV) apresentado ao movimento sindical pelo Banco.

No que se refere à segurança foram considerados os avanços do ACT Banrisul, mas em pesquisa apresentada pelos representantes dos(as) empregados(as) na Comissão de Segurança do Banco, foram observados pontos a melhorar, como a colocação de portas com detector de metais nos autoatendimentos e o monitoramento remoto de 100% das unidades. O Banco sinalizou positivamente às reivindicações e destacou que há cinco anos não tem nenhum episódio de sequestro em suas unidades e que o número de assaltos também reduziu.

Positivas também foram as respostas com relação a duas demandas apresentadas em reunião anterior pelo movimento sindical: a discussão com a Cabergs, marcada para a próxima quarta-feira, 24 de agosto, com a participação do Banrisul; e a contratação emergencial por 180 dias de serviço de limpeza e higienização das agências. Depois disso deve ocorrer licitação.

Comando considera proposta de PDV insustentável e a rejeita na mesa
Após as discussões sobre segurança e retornos das reuniões anteriores, a reunião seguiu com a discussão sobre o PDV, cujo Fato Relevante foi comunicado pelo Banco ao movimento sindical. Após um intervalo para análises, a proposta foi considerada insustentável pelo Comando Nacional dos Banrisulenses e rejeitada na mesa.

O Banco colocou o PDV como condicionante para a realização de concurso público, uma das principais pautas de reivindicação da campanha deste ano. “Sem PDV não tem concurso”, afirmou categórico o negociador do Banrisul, Marco Aurélio Oliveira.

Os banrisulenses, porém, lembraram o negociador a respeito do PDV de 2020, que foi debatido após a campanha salarial e que ainda não teve seus cargos vagos repostos. Segundo Luciano Fetzner, presidente do SindBancários, a reivindicação do movimento sindical é pelo concurso público imediato. “Ao final da negociação do último PDV fomos claros sobre a ordem dos fatores. Esse tema só volta a transitar mediante reposição de empregados via concurso. Essa tem que ser a ordem dos fatores”, destacou.

Ficou claro na mesa que Fato Relevante seria publicado pelo banco de qualquer forma, informando o mercado sobre a proposta. Para o diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando, Fábio Soares, a discussão sobre esse tema deveria ser postergada para depois da campanha dos bancários, como foi feito em 2020. “Não podemos aprovar esta proposta como está. Ela é insustentável”, afirmou, ressaltando que “os percentuais da proposta são baixos, há poucas vagas previstas para o concurso, estabelece privilégios e quitação de contratos.”

Movimento reitera pedido de suspensão do PCS
Outro tema controverso que está circulando durante a campanha dos bancários é a implantação unilateral do Banco de um Plano de Cargos e Salários (PCS). Para o Comando Nacional dos Banrisulenses, porém, a pauta deve ser suspensa. Os representantes dos empregados e das empregadas do Banco reforçaram que é momento de se concentrar esforços para a renovação total do ACT, a realização urgente do concurso público e a valorização dos Operadores de Negócios, pautas prioritárias deste ano.

Após longo debate, uma nova reunião de negociação ficou agendada para esta quinta-feira, 18, em horário a ser confirmado. Acompanhe as informações no Portal Bancários RS e nas redes sociais da Fetrafi-RS.

Texto: Aline Adolphs/Fetrafi-RS

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