Caixa atende reivindicação e prorroga home office
A Caixa Econômica Federal informou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na sexta-feira (25), que atenderia a reivindicação dos empregados e prorrogaria o “Projeto Remoto Excepcional” até o dia 30 de abril.
O banco enviou comunicado para todas suas unidades informando aos gestores que eles podem manter em home office quem já está exercendo suas atividades remotamente, e/ou incluir outros empregados. O banco informou ainda que cada gestor deverá combinar previamente com cada empregado as atividades que o mesmo deverá exercer remotamente, registrá-las no sistema de recursos humanos (SISRH) e acompanhar o cumprimento das tarefas.
“Por mais que os casos de contaminação e mortes por Covid-19 estejam reduzindo, precisamos estar alertas com os novos surtos e para evitar novas ondas da doença em nosso país”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que é secretaria de Cultura da Contraf-CUT. “Melhor fazermos nossa ‘lição de casa’, segurarmos mais um pouquinho. Se tivéssemos feito um lockdown de verdade no início da pandemia, poderíamos ter reduzido o número de contaminações em nosso país”, completou.
Sobrecarga
Fabiana disse concordar que os empregados que estão atendendo presencialmente a população estão sobrecarregados. “Mas, a solução não passa pelo retorno de todos os trabalhadores que estão em home office. Muitos têm outras doenças que podem ser agravadas caso contraiam o vírus e, o que seria uma solução rápida, pode levar à piora do quadro de sobrecarga”, disse a coordenadora da CEE/Caixa.
Para ela, a redução da sobrecarga passa pela contratação de mais empregados. “A Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) já autorizou o aumento do quadro de pessoal com a contratação de concursados, mas, apesar de seu presidente, Pedro Guimarães, ter propagandeado que contrataria quatro mil novos empregados, o banco não contratou nem o que foi autorizado”, disse. “O problema também está acontecendo com as pessoas com deficiência aprovadas em concurso específico realizado no ano passado. A Caixa faz propaganda para a mulher do Bolsonaro aparecer, mas é muito marketing e pouca efetividade”, lembrou.
A Caixa tem criado entraves para a contração dos aprovados no concurso específico para PCDs, realizado em 2021. Também há demora para a contratação de aprovados em 2014. “Precisamos lutar para acabar com a sobrecarga de trabalho, que passa pela saúde e pela vida dos trabalhadores”, concluiu a coordenadora da CEE/Caixa.
Fonte: Contraf/CUT