Educação, Solidariedade e Tradicionalismo

Mas não basta pra ser livre / ser forte, aguerrido e bravo / povo que não tem virtudes / acaba por ser escravo.

A letra do Hino Riograndense, cantada em nosso Estado, em diversos estados e em vários países, pois transcende fronteiras, consiste em motivo de orgulho para nós Gaúchos e Tradicionalistas e nos remete à reflexão sobre os dias atuais, em que o homem é escravo de vaidades, poderes, omissões e vícios, tempos contrastantes que estimulam o individualismo, constroem a cultura do EU, independente do QUÊ, QUANDO e COMO. Conduz-nos, consequentemente, à ação em busca do fortalecimento de virtudes inseridas na Educação, na Solidariedade e no Tradicionalismo, este último, foco de empenho de educadores para sua inclusão, em 2003, no Plano Estadual de Educação – para dez anos, com o objetivo de ser inserido no currículo escolar, sem êxito. E Por quê? Um Estado com tanta maestria, riqueza cultural, com tanto a ensinar e divulgar…  Registra-se aqui que João Cezimbra Jaques e J. Simões Lopes Neto já solicitavam e sonhavam com esta inclusão.

Assim, pleiteando este espaço (preservando outros já conquistados) e ajoujados na canga do fortalecimento da base cultural gaúcha, o Movimento Tradicionalista Gaúcho, com seus Centros de Tradição, Departamentos Tradicionalistas e os Piquetes, Entidades responsáveis pela fiel transmissão e exercício da herança gaúcha, abraçaram a causa do Tradicionalismo.

Neste contexto, criou-se o Piquete TERRA SANTA, o único educativo-tradicionalista e solidário no Brasil, com o objetivo de Educar para a Tradição e Solidariedade, levando às escolas, aos jovens e crianças, aos CTGs, Piquetes E Departamentos, Empresas e Interessados da sociedade, o Tradicionalismo,  sua estrutura, Carta de Princípios, Normas, Regulamentos, Diretrizes para a Pilcha, usos e costumes, atividades esportivas e campeiras, culinária, expressões artísticas e culturais, dentre outros. Apresentamos um Rio Grande sem vaidade pessoal, que não é feito só de concursos, de prendas de faixa, peões, fandangos, desfiles e rodeios. Vai muito além. É o nosso Rio Grande do Sul, conjunto de riqueza inigualável em legislação, cultura e legado étnico e cívico.  O Piquete TERRA SANTA está presente sempre que convidado e, como retorno deste trabalho, solicita alimentos não perecíveis para doação a creches e asilos, pois irmanado pelo laço da Tradição, o Piquete TERRA SANTA é solidário neste chão.

Tarefa não muito fácil, pois a moda e o modismo, que são transitórios, passageiros, atraentes, querem invadir o espaço da Tradição com criações e vestuário, com atitudes e posturas que não combinam com o nosso Tradicionalismo. Mas, como tudo que é para o bem está impregnado de princípios e baseado em virtudes, insistimos na preservação de nossos ideais e temos a convicção de que o caminho que troteamos está correto, pois visa a orientação, a manutenção, a prática e o estímulo do conhecimento de nossas raízes, apesar das barreiras e resistência encontradas em nosso meio social. Estamos aqui para pelear pelas virtudes, pois somos fortes, aguerridos e bravos.

Se hoje existe o Movimento Tradicionalista Gaúcho, a herança cultural Sulriograndense, é porque homens e mulheres, um dia, foram corajosos personagens da História e da Tradição e visualizaram que seria possível mantê-las de geração em geração, preservando o que o gaúcho tem de mais precioso, que é a garra de guerrear por aquilo em que acredita e o orgulho de ser gaúcho que detém o Folclore e a Tradição mais ricos, mais simbólicos e mais representativos do Brasil.

Desta forma, registramos nossas saudações tradicionalistas, avisando que voltaremos, porque há muito mais para contar.

Até breve, tchê!

Márcia Teston e Luiz Fernando Baltar – Bancário – Casal Patrão Piquete TERRA SANTA – Diretor Departamento Apoio Cultural da 13ª Região Tradicionalista

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